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ALERTA GLOBAL .
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"O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais."  JohnKennedy.   

                                                                                                                                                                                                                                       O meio ambiente tem sido a grande preocupação de todas as comunidades  do mundo.O fenômeno do aquecimento global coloca as questões da ecologia e do meio ambiente no centro do debate internacional. Os meios de comunicação inserem na pauta diária da grande mídia os problemas relacionados à poluição e ao desmatamento. Os cidadãos recebem informações atordoantes sobre o derretimento das calotas polares, prolongamento da estiagem, inundações, furacões e outros fenômenos meteorológicos que estariam relacionados ao desequilíbrio climático. Tudo se deveria ao efeito estufa, isto é, o aumento da temperatura da atmosfera, provocado pelo acúmulo de gases poluentes que são lançados pelas atividades humanas.

 

 Parte I. O aquecimento global e as cidades

 

Até bem pouco tempo, no meio científico, não havia unanimidade a respeito da mudança climática pela qual nosso planeta enfrenta desde as últimas décadas do século passado. Não se poderia creditar apenas ao homem a responsabilidade por um fenômeno que estaria realcionado a causas geológicas, da circulação atmosférica, do movimento planetário e cósmico, que se manifestariam ciclicamente, em períodos de alta e de baixa temperatura. E mais, que a tecnologia humana seria capaz de controlar as atividades industriais e de uso do solo, de maneira a proporcionar apenas os efeitos positivos do crescimento econômico. Pensar diferente, argumentavam os defensores das causas naturais do efeito estufa, seria admitir a tese do crescimento zero ou até negativo. E isso seria inaceitável, frente ao desafio da oferta de empregos e alimentos para uma população em crescimento contínuo.

Passadas mais de três décadas após a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Humano, em Estocolmo – arco inicial dessa discussão – os cientistas de todo o mundo, reunidos no Painel Intergovernamental de Controle do Clima, apontam de maneira quase unânime para as causas humanas do efeito estufa: a atividade industrial consumidora de energia a base de petróleo, sobretudo nos países ricos; e, o uso do solo, por meio do desmatamento sem controle e em ritmo intenso, sobretudo nos países em desenvolvimento. Feito o diagnóstico, aponta-se o prognóstico: adoção de energia alternativa ao petróleo, por intermédio de uma matriz energética à base de fontes limpas e renováveis, que não lançem gases poluidores, causadores do efeito estufa; e o controle do uso do solo rural, com técnicas e práticas agrícolas sustentáveis, capazes de preservar a biodiversidade e as florestas, que são os sumidouros ou absorvedores de gas carbônico, um dos principais caudadores do efeito estufa.

A humanidade avançou, portanto, na compreensão do problema. Mas precisamos avançar mais. Destacaria dois pontos, dentre tantos outros: um, a falsa dicotomia entre países membros (os industrializados) e não membros (os não industrializados) do chamado Anexo I do Protocolo de Kyoto. Ora, todos são poluidores. Esta segmentação estanque nos parece uma reprodução ideológica da forma como a questão era colocada nos anos 1970. A adoção de medidas de controle e de imposição de limites de lançamento de gases poluidores aos países em desenvolvimento provocaria um efeito de distribuição de renda interna nestes países, tal como se verifica entre os países membros e não membros do Anexo I, por via de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo.

Outro ponto a ser destacado é quanto ao efeito estufa no meio urbano. Trata-se de uma grande lacuna no debate sobre o tema. Neste aspecto, os espaços livres e as áreas verdes urbanas jogam papel destacado no controle da poluição e na melhoria do microclima urbano. E isso é importante se considerarmos que metade da população mundial e oitenta por cento da população brasileira vivem nas cidades. 

Parte II. Os espaços livres e a qualidade de vida urbana

A compreensão acerca da questão urbana e sua relação com a melhoria da qualidade de vida pode contribuir no debate atual sobre as mudanças climáticas e o efeito estufa. As cidades ocupam um espaço relativamente pequeno, no qual predominam materiais construtivos que absorvem e armazenam radiação durante o dia e liberam-na à noite. As cidades possuem elevadas concentrações demográfica e de atividade humana. É intensa a produção artificial de calor, causando mudança climática não só meio interno, mas também extra-urbano. Um exemplo é o das maiores cidades norte-americanas que, no inverno, emitem calor numa escala de valores da mesma magnitude que as fontes naturais, em comparação com a radiação solar líquida na superfície da terra.

Nas cidades, a cobertura natural do solo é substituída por edificações de materiais os mais diversos. A conseqüência disso é alteração radical do balanço da energia das ondas emitidas pelo sol e pelo solo. São alterados os estados de todos os parâmetros atmosféricos - cujo conjunto representa o clima. Já no meio rural ou natural, o balanço da radiação é formado pelo equilíbrio entre as ondas curtas provenientes do sol e as ondas longas que são refletidas pelo pelo solo, água e vegetação. A cobertura vegetal do solo contribui para a manutenção deste equilíbrio. No meio urbano, sobretudo, nas regiões populosas, com o desaparecimento da vegetação, quebra-se o equilíbrio. Em decorrência, o balanço de radiação tende a apresentar prevalência de ondas longas, refletidas pelos materiais construtivos, aquecendo a cidade. Por seu turno, as florestas e as superfícies cobertas por água possuem elevada capacidade de absorção, refletindo muito pouco a luz do sol, atuando, assim, na refrigeração e umidificação do meio.

Por isso, regiões cercadas por muita água ou com grandes massas vegetais, transpirando livremente e umidificando a  tmosfera, apresentam clima mais estável: nem o verão é muito quente, nem o inverno é muito frio. Para o clima urbano, cada hectare (dez mil m²) de bosque preservado pode produzir até 53 mil litros de água por dia, exercendo o efeito das brisas térmicas que sopram entre os ambientes de maior e de menor temperatura, renovando o ar, refrigerando e umidificando o ambiente. Os ambientes urbanos que mantêm superfícies cobertas por massas de vegetação com o ar carregado de umidade possuem um diferencial, chamado regulador térmico, que absorve tanto a radiação solar de ondas curtas como as terrestres de ondas longas.

Além do efeito positivo sobre o clima, a arborização urbana contribui para o controle da poluição atmosférica, reduzindo os níveis de poluição acústica, absorvendo e dispersando a fumaça e poeira, filtrando as partículas em suspensão, além de eliminar muitos poluentes atmosféricos, enfim, melhorando a qualidade do ar. Esse efeito de biofiltração é da ordem de 18 a 180 kg de poluentes por árvore por ano. O trabalho gratuito de cada árvore representa um valor anual de R$ 10,00 por pessoa. Para um bairro com 23% do solo coberto por vegetação, a partir de 212 hectares de área, esse benefício diário é de R$ 400,00.

Pelos motivos expostos, alguns Poderes Locais estão levando em conta a paisagem e arborização no planejamento e na gestão urbana. Os espaços públicos são articulados às áreas particulares que são destinadas ao comércio, à indústria e à moradia. Não se trata de privatizar o espaço público, mas de valorizar a função social e ambiental da propriedade particular. Vários são os exemplos de cidades, como Stuttgart, na Alemanha e Dayton, nos EUA, que desenvolveram essa política e hoje colhem os frutos com a melhoria da qualidade de vida de seus moradores. Cabe ao Município, através das Prefeituras, a responsabilidade pelo desenvolvimento dessa estratégia de gestão urbana.

 Texto:Paulo Moraes

Pesquisado da internet.

 

 

 


 

 

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